No Brasil, cerca de 6.650 mulheres devem ser diagnosticadas com câncer de ovário em cada ano do triênio 2020/2022, segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer). O câncer de ovário é, na maioria dos casos, diagnosticado tardiamente devido à ausência de métodos de rastreamento.
O dia mundial do câncer de ovário começou em 2013, com um grupo de líderes de organizações de defesa do câncer de ovário em todo o mundo. É uma oportunidade de falarmos mais sobre a doença, conscientizar sobre os cuidados necessários e alertar mulheres sobre a importância de estarem atentas à própria saúde.
5 coisas que todo mundo deveria saber sobre o câncer de ovário
Papanicolaou NÃO diagnostica câncer de ovário.
Normalmente, a doença é diagnosticada em estágio avançado.
Diagnosticar o tumor antes de sua disseminação, aumenta as chances de tratamento.
Conhecer os sintomas pode levar a diagnósticos mais precoces.
Os sintomas mais comuns são: inchaço abdominal persistente, dor pélvica ou abdominal, dificuldade para se alimentar, sensação de saciedade e alterações urinárias.
Tipos de câncer de ovário
Existem basicamente três tipos de câncer de ovário. O mais comum é o adenocarcinoma de ovário, que representa aproximadamente 95% dos casos. Esse tipo deriva das células epiteliais que fazem o revestimento do ovário.
Outros tipos são os tumores de células germinativas, que surgem a partir das células que formam os óvulos, e os de células estromais, que se originam das células que produzem os hormônios femininos (estrogênio e progesterona).
Sintomas apresentados pelo tumor
O câncer de ovário pode apresentar, em algumas circunstâncias, alguns sintomas, como mal estar e dificuldade de se alimentar, desconforto no abdômen, aumento do volume abdominal e perda de peso. No entanto, esses sinais aparecem apenas quando o tumor encontra-se na fase mais avançada da doença. Na fase inicial, nenhum sintoma é identificado.
Isso reforça a importância da conscientização e da realização de exames regulares. Se descoberto no início, as chances de cura do câncer de ovário pode chegar a 80%.
Exames e diagnóstico precoce
Toda mulher deve procurar o ginecologista para seus exames periódicos. Na suspeita clínica, ela deve ser avaliada pelo especialista em Oncologia, tanto da área cirúrgica quanto da clínica.
Não existe exame específico para rastreamento desse tumor, como é o caso do Papanicolau para o câncer de colo de útero ou a mamografia para o câncer de mama. A ultrassonografia transvaginal, no entanto, pode dar indícios de alterações no ovário que serão melhor investigadas pelo médico.
Já para as pacientes com síndrome do câncer hereditário causada por mutações genéticas, as recomendações são diferentes.
Quais são os fatores de risco
Todas as mulheres correm o risco de ter câncer de ovário, porém alguns grupos têm as chances aumentadas e devem ficar mais atentos. São eles:
Idade: o câncer epitelial, que é o mais comum, ocorre geralmente após a menopausa; 50% dos casos são de mulheres acima de 60 anos;
Consumo abusivo de bebidas alcoólicas e tabagismo;
Mulheres que tiveram o primeiro filho após 35 anos;
Mulheres que realizam tratamento para fertilidade;
Obesidade;
Reposição hormonal na menopausa com uso de estrogênio isolado por mais de 5 anos;
História familiar de câncer de mama, ovário e câncer de intestino
Histórico pessoal de câncer de mama
fonte:
https://institutodecancer.com.br
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