O Dia Mundial do Câncer de Ovário é um evento global de saúde comemorado todos os anos em 8 de maio com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o câncer de ovário. Neste dia, muitas organizações locais e internacionais se unem para conscientizar sobre a doença, a importância do diagnóstico precoce e da triagem.
A primeira comemoração do Dia Mundial do Câncer de Ovário ocorreu em 2013, organizado pela Target Ovarian Cancer, uma organização não governamental do Reino Unido.
As campanhas enfatizam a necessidade de disseminar conhecimento sobre rastreamento, sintomas e diagnóstico precoce para todas as mulheres, especialmente as que residem em países médios e subdesenvolvidos.
De acordo com o New Global Cancer Data (GLOBCAN 2020), o número de mulheres diagnosticadas com câncer de ovário e mortes aumentará em 42% e 50%, respectivamente, até 2040, no mundo. Essa estimativa retrata a gravidade da condição, que pode dever-se à falta conhecimento da doença e ao diagnóstico tardio, pois, apenas cerca de 20% das mulheres recebem um diagnóstico precoce desse câncer (enquanto está no estágio I ou II) antes de sua eventual progressão.
Câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer do colo do útero. A quase totalidade das neoplasias ovarianas (95%) é derivada das células epiteliais que revestem o ovário. O restante provém das células germinativas que formam os óvulos e das células estromais que produzem a maior parte dos hormônios femininos.
Sinais e sintomas:
Na fase inicial, o câncer de ovário não causa sintomas específicos. À medida que o tumor cresce, pode causar pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas, náusea, indigestão, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço constante.
Tratamento:
A doença pode ser tratada com cirurgia ou quimioterapia. A escolha vai depender, principalmente, do tipo histológico do tumor, do estadiamento (extensão da doença), da idade e das condições clínicas da paciente e se o tumor é inicial ou recorrente.
Prevenção:
As mulheres devem estar atentas aos fatores de risco, manter o peso corporal saudável e consultar regularmente o seu médico, principalmente a partir dos 50 anos.
A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas, mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença, porém, o diagnóstico precoce desse tipo de câncer é possível em apenas parte dos casos, pois a maioria só apresenta sinais e sintomas em fases mais avançadas.
Devem ser investigados:
– Inchaço abdominal;
– Dor abdominal;
– Perda de apetite e de peso, fadiga;
– Mudanças no hábito intestinal e/ou urinário.
Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados, principalmente se não melhorarem em poucos dias.
Fatores de risco:
– Idade: A incidência de carcinoma epitelial de ovário aumenta com o avanço da idade.
– Fatores reprodutivos e hormonais: O risco de câncer de ovário é aumentado em mulheres com infertilidade e reduzido naquelas que tomam contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) ou que tiveram vários filhos. Por outro lado, mulheres que nunca tiveram filhos parecem ter risco aumentado para câncer de ovário.
– A primeira menstruação precoce (antes dos 12 anos) e a idade tardia na menopausa (após os 52 anos) podem estar associadas a risco aumentado de câncer de ovário.
– A infertilidade é fator de risco para o câncer de ovário, mas a indução da ovulação para o tratamento da infertilidade não parece aumentar o risco de desenvolver a doença.
– História familiar: Histórico familiar de cânceres de ovário, colorretal e de mama está associado a risco aumentado de câncer de ovário.
– Fatores genéticos: Mutações em genes, como BRCA1 e BRCA2, estão relacionadas a risco elevado de câncer de mama e de ovário.
– Excesso de gordura corporal.
O risco de câncer de ovário com terapia hormonal pós menopausa aparenta ser pequeno.
Fontes:
Ministério da Saúde
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