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Foto do escritorAna Pelacini

Ansiedade na terceira idade: como identificar e tratar

Você sabia que os brasileiros estão vivendo mais? De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2025, a estimativa é que o Brasil alcance a sexta posição entre os países com maior número de idosos. No entanto, o aumento da expectativa de vida precisa ser acompanhado pela manutenção da qualidade de vida, que exige cuidados com a saúde em sua integralidade, incluindo uma atenção especial para a saúde mental.


Entre os idosos, o transtorno da ansiedade se torna cada vez mais frequente. Porém, quando os sintomas não são percebidos pelos cuidadores ou familiares, eleva-se a chance de levar a quadros depressivos ainda mais complexos de serem tratados. Aliás, na população idosa, o transtorno de ansiedade costuma ter mais relação com a depressão do que em pacientes mais jovens.


Sentimentos de angústia, suor excessivo e nervosismo sem razão aparente podem ser indicativos da presença de distúrbios de ansiedade. Por isso, estar atento aos primeiros sinais e não atribuí-los ao próprio processo de envelhecimento pode ajudar a buscar o melhor tratamento rapidamente.


Lembre-se: a ansiedade pode prejudicar, e muito, a saúde física do idoso e até mesmo impedi-lo de realizar suas atividades do dia a dia, tornando-o mais dependente de outras pessoas.


Conheça aqui os fatores que desencadeiam o transtorno da ansiedade entre idosos, os sintomas mais comuns e como tratá-lo.


Quais as principais razões do surgimento de quadros de ansiedade entre idosos?


Entre os principais motivos que levam ao surgimento de quadros de ansiedade entre os idosos destacam-se: os sentimentos negativos e excessivos relacionados a uma doença existente, os efeitos colaterais do uso de medicamentos ou da automedicação, o recorrente abuso de álcool e a preocupação constante com o bem-estar de amigos ou familiares.


O transtorno também pode ser desencadeado por situações de estresse, desarmonia familiar ou por mudanças abruptas impostas ao estilo de vida, como, por exemplo, o distanciamento social decorrente da pandemia da Covid-19.


Existem também alguns fatores de risco para o desenvolvimento do transtorno de ansiedade em idosos. Além dos fatores ambientais e genéticos, questões econômicas e sociais estão relacionadas, como não dispor de muitos recursos financeiros para se manter, ser viúvo ou separado e ter tido vivências permeadas por estresse e frustrações na infância e/ou na idade adulta.


Como identificar os sintomas do transtorno da ansiedade em idosos?


Os sintomas do transtorno da ansiedade em idosos podem se apresentar de diversas formas, uma vez que a sua causa está diretamente relacionada à somatização de diversas situações da vida. Os sinais mais comuns são nervosismo, irritabilidade, dificuldades para dormir durante a noite, dores de cabeça, sensação de aperto no peito e boca seca, arritmias cardíacas, suor excessivo, diarreia, tensão muscular, limitações físicas para a realização de tarefas rotineiras, tremores e falta de concentração.


Além disso, os transtornos de ansiedade podem se apresentar de três formas, sendo elas o Distúrbio de Ansiedade Generalizada (TAG), a fobia social e o transtorno do pânico, também conhecido como síndrome do pânico.


Como é o tratamento do transtorno de ansiedade em idosos?


O tratamento para o transtorno de ansiedade, independentemente da idade, consiste em uma combinação de psicoterapia e uso de medicamentos, que deve ser indicada pelo profissional especializado, de acordo com a complexidade e os sintomas de cada caso. Para os quadros iniciais e leves, por vezes, a psicoterapia consegue por si só controlar os sintomas, sem que haja a necessidade de prescrever medicamentos durante o tratamento.


Vale lembrar que o uso de remédios não cura os transtornos de ansiedade, mas podem melhorar os seus sintomas. Neste caso, é comum a indicação de ansiolíticos e antidepressivos, que têm apresentado resultados eficazes para conter a doença. Para os quadros de fobia social, quando se torna necessário controlar batimentos cardíacos rápidos e tremores, podem ser prescritos também betabloqueadores.


Já nos casos em que o nível de estresse está elevado entre os idosos, o psiquiatra ou psicólogo pode recomendar o tratamento complementar, que envolve a realização de atividades físicas, meditação, yoga, pilates, tai chi, entre outras práticas. Nesses casos, técnicas complementares podem ajudar a aumentar a consciência corporal e a promover sensações de bem-estar e relaxamento, impactando diretamente o humor e a qualidade de vida do idoso.


Outras medidas preventivas que podem combater a ansiedade nos idosos são: manter-se ativo, realizar atividades de lazer, como tocar um instrumento, pintura e dança, e estar rodeado de relações afetivas, sejam familiares ou amigos, mesmo que à distância.


No entanto, é preciso lembrar que a confirmação do transtorno de ansiedade somente pode ser feita sob o cuidado de um psiquiatra ou psicólogo e, por isso, a consulta é fundamental logo que aparecem os primeiros sintomas.


Fonte:

https://www.dolcevivere.com.br/blog/blog/ansiedade-na-terceira-idade-como-identificar-e-tratar/

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