Receber o diagnóstico de Alzheimer pode ser assustador tanto para o paciente como para os familiares, mas iniciar o tratamento e participar de grupos de apoio o quanto antes pode elevar muito a qualidade de vida dos envolvidos.
Cuidar de uma pessoa com Alzheimer requer atenção a cuidados básicos de segurança e, principalmente, muito carinho, paciência e respeito. Por isso, atenção às dicas:
Não trate o idoso com Alzheimer como criança, nem fale dele como se estivesse ausente
Na comunicação, fale de maneira suave e pausada com frases curtas e palavras simples, para facilitar a compreensão
Também é importante não discutir ou dar ordens. Discussões elevam o nível de estresse e provocam ainda mais agitação. Por exemplo: se a pessoa fala que alguém que já morreu está vivo, ou que a casa dela é outra, não contrarie
Se, na hora de tomar banho, ela disser que já tomou, convide para tomar outro
Estabeleça e mantenha uma rotina de higiene e asseio. É importante para uma autoimagem positiva estar limpo e com roupas limpas
São comuns episódios de agressividade e mesmo de idosos perdidos na rua por causa da confusão mental. Vamos ver como reduzir esses riscos?
Síndrome do Pôr do Sol
Esses quadros de maior agitação costumam acontecer com mais frequência no fim da tarde. É o que especialistas chamam de “Síndrome do Pôr do Sol”, que atinge cerca de 20% das pessoas com Alzheimer.
Acredita-se que as alterações cerebrais afetem o relógio biológico, levando a confusão nos ciclos de sono-vigília e que seja agravada quando há excesso de consumo de cafeína ou álcool e também quando não há uma boa rotina de sono e descanso noturno.
Para minimizar os efeitos do entardecer, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) sugere testar as seguintes dicas:
Reduzir barulho, bagunça ou o número de pessoas na sala
Distrair a pessoa convidando para um lanche ou para uma atividade simples, como dobrar as toalhas ou assistir a um programa de TV leve
Tocar música suave, ler ou ir para uma caminhada
Pedir para um membro da família ou amigo ligar nesse período
Fechar as cortinas ou persianas e acender as luzes ao anoitecer para minimizar as sombras e a confusão que podem causar
Como evitar que a pessoa com Alzheimer se perca na rua:
A pessoa desorientada corre maior risco de sair na rua e se perder, sem saber onde está nem aonde quer ir. Para evitar isso, o ideal é ter sempre um acompanhante com a pessoa para impedir que ela saia de casa e se perca. No entanto, em um minuto de distração, isso ainda pode acontecer, por isso, atenção a mais essas dicas
Certifique-se de que a pessoa com Alzheimer esteja sempre carregando algum tipo de identificação com nome, telefone e uma breve observação sobre a doença, o que pode ajudar caso ela se perca e não consiga se comunicar ou lembrar de onde veio. Pode ser no bolso, em uma corrente, chaveiro etc.
Mantenha vizinhos e porteiros informados sobre o diagnóstico e peça que avisem ao ver a pessoa desacompanhada
Mantenha fotografia e vídeos recentes da pessoa, caso seja preciso mostrar a vizinhos e à polícia se ela se perder
Alzheimer não tem cura, mas com carinho e respeito é possível manter uma boa qualidade de vida para o paciente. Para que isso aconteça da melhor forma, além do acompanhamento médico, é muito importante que a responsabilidade do cuidado seja dividida entre mais pessoas da família ou com profissionais. Não esqueça: quem cuida também precisa de descanso.
Fontes: Blog do Ministério da Saúde (Alzheimer — Português (Brasil), Cuidados simples para pessoas com Alzheimer), Abraz, SBGG, Como evitar que uma pessoa com Alzheimer se perca na rua - SBGG, Einstein, Unimed: Estresse em Idosos, O que pode gerar o esquecimento).
Kommentare