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Distúrbios da marcha

O que são distúrbios da marcha?


Todas as pessoas sabem, por experiência própria ou por observação, o que é o caminhar normal. As anormalidades do andar são frequentemente referidas como anormalidades da marcha: a marcha refere-se ao padrão de andar. Lesões transitórias como cortes, contusões ou fraturas ósseas podem temporariamente dificultar a caminhada.


Por outro lado, as anomalias genéticas do aparelho de deambulação e as lesões ou sequelas permanentes podem tornar os distúrbios da marcha uma coisa para a vida toda. Os distúrbios da marcha, pois, podem ser (1) temporários, de curto ou longo prazo, ou (2) definitivos, dependendo da causa.


Quais são as causas dos distúrbios da marcha?


As anormalidades do andar são padrões anormais e incontroláveis de marcha, de causas genéticas e/ou outras adquiridas, como, por exemplo, doenças ou lesões. Elas podem se dever a músculos, ossos ou nervos das pernas anormalmente afetados.


As doenças e condições que mais frequentemente causam distúrbios da marcha são: artrite; defeitos congênitos do aparelho de locomoção, como pé torto, por exemplo; lesões nas pernas; fraturas ósseas; infecções que danificam os tecidos nas pernas; tendinites (inflamações dos tendões); distúrbios psicológicos, incluindo a conversão histérica; infecções do ouvido interno que afetam o equilíbrio e distúrbios do sistema nervoso, como paralisia cerebral ou acidente vascular cerebral (AVC).


Quais são as características clínicas dos distúrbios da marcha?


As diferentes anormalidades do andar podem ser classificadas em cinco grupos com base em seus sintomas:


Marcha propulsiva: postura rígida caracteriza essa marcha. Uma pessoa com essa condição caminha com a cabeça e o pescoço para frente.


Marcha em tesoura: uma pessoa com essa marcha caminha com as pernas fletidas levemente para dentro. Enquanto andam, seus joelhos e coxas podem se cruzar ou bater um no outro em um movimento tipo tesoura.


Marcha espástica: uma pessoa com marcha espástica arrasta os pés enquanto caminha e não flexiona os joelhos. Ao mesmo tempo, ela parece caminhar muito rigidamente.


Marcha passo a passo: uma pessoa com esta condição anda com os artelhos (dedos dos pés) apontando para baixo, fazendo com que seus dedos raspem o chão enquanto caminha.


Andadura bamboleante: uma pessoa com essa marcha ginga de um lado para o outro ao caminhar.

Um mancar também é um distúrbio da marcha e também pode ser permanente ou temporário.


Cada uma dessas anormalidade na marcha é mais ou menos própria de determinadas condições mórbidas e, assim, auxiliam no diagnóstico da doença de base.


As doenças que afetam as pernas podem estar presentes em toda a perna ou apenas em certas partes dela, como no joelho ou no tornozelo. Problemas com o pé também podem resultar em anormalidades no andar.


Como o médico diagnostica os distúrbios da marcha?


O histórico médico deve ser complementado pelo exame físico, no qual o médico observará o padrão de caminhada do paciente. Ele pode também realizar testes para verificar a função nervosa ou muscular do paciente e isso ajudará a determinar se há ou não um problema estrutural que está causando a condição.


Se a pessoa recentemente teve uma lesão ou queda, o médico também pode solicitar um exame de imagem, como uma radiografia, para verificar se há fraturas ou ossos quebrados. Um exame de imagem mais detalhado, como uma ressonância magnética, pode verificar se há tendões e ligamentos rompidos.


Como o médico trata os distúrbios da marcha?


Uma anormalidade do andar pode desaparecer por si própria quando sua condição subjacente é tratada. Outros casos podem requerer cirurgia para reparar certas lesões. Geralmente o médico prescreverá antibióticos ou medicamentos antivirais se uma infecção for a causa da anormalidade na marcha.


A fisioterapia também pode ser usada para ajudar a tratar as alterações da marcha. Durante a fisioterapia, a pessoa aprenderá exercícios desenvolvidos para fortalecer os músculos e corrigir a maneira como anda. Pessoas com anormalidade de marcha permanente podem receber dispositivos auxiliares, como muletas, aparelhos para as pernas, um andador ou uma bengala ou mesmo cadeira-de-rodas.


Anormalidades graves na marcha podem exigir fisioterapia e cuidados médicos continuados.


Fonte: https://www.abc.med.br


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