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Março Azul Marinho esclarece sobre prevenção e tratamento para o câncer colorretal

O Mês de Março é conhecido pela cor Azul Marinho em conscientização ao câncer colorretal, o terceiro tipo mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), que estima o surgimento de 41 mil novos casos por ano no país. O câncer colorretal origina-se no intestino grosso, também chamado de colón, e no reto, região final do trato digestivo e anterior ao ânus.


O médico oncologista clínico Duílio Rocha, chefe da Unidade de Oncologia do Complexo Hospitalar da UFC (CH-UFC), vinculado à Rede Ebserh/MEC, explica que os fatores de risco são o sedentarismo, sobrepeso, alimentação pobre em fibras e rica em carnes processadas e vermelhas, exposição à radiação, ao tabagismo e ao alcoolismo.


As medidas preventivas, então, envolvem principalmente evitar esses fatores, mantendo hábitos de vida saudáveis. A idade também aumenta a chance do aparecimento de tumores nessa região, sendo mais comum em pessoas com mais de 50 anos. Há casos, ainda, associados à hereditariedade, identificados quando existe um histórico familiar.


O paciente Manoel Rodrigues, de 62 anos, foi diagnosticado em agosto de 2021. Ele percebeu que havia algum problema quando viu sangue nas fezes, situação que piorava com o passar do tempo. Este é um dos principais sintomas, conforme alerta Sthela Murad-Regadas, do Serviço de Coloproctologia do CH-UFC. Segundo ela, também pode ser notada a alteração do hábito intestinal (diarreia, constipação), presença de dor ou massa abdominal ao evacuar, mudança nas fezes (cor, espessura), perda de peso e anemia. Muitos desses sinais são pouco específicos porque podem estar associados a outras doenças, dificultando a descoberta precoce.


Para uma investigação preliminar e preventiva pode ser sugerida a análise de sangue oculto nas fezes. Quando é detectada essa presença, o principal exame mais específico é a colonoscopia, que permite avaliar toda a extensão do intestino grosso em busca de lesões que, caso existam, serão analisadas em biópsia. Também pode ser feita a retossigmoidoscopia para percepção de alterações na parte final do intestino. O acompanhamento médico determinará os passos para diagnóstico e procedimentos a serem feitos.


Segundo o oncologista Duílio, esse é um tipo de câncer com alta chance de cura, principalmente se identificado no estágio inicial. A cirurgia é o principal caminho para que o tumor seja retirado, mas também há possibilidade de ser realizada radioterapia e quimioterapia, além do auxílio de medicamentos no tratamento. “Com essas medidas nós conseguimos curar com muita segurança”, ressaltou.


No caso de Manoel, foi realizada uma cirurgia em novembro de 2021 para retirada dos tumores que estavam obstruindo seu intestino. Já recuperado do procedimento, precisou realizar quatro sessões de quimioterapia. Duas já foram feitas e mais duas serão concluídas em março. Ele tem se sentido muito bem e reforça a importância de buscar orientação e tratamento. “Eu sei que é difícil receber o diagnóstico de câncer, mas a gente tem que ir à luta. Confiem nos médicos, não se envergonhem e procurem ajuda. Eu sou testemunha que é possível vencer”.


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